quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Shamballa




A Tradição Oriental


No budismo tibetano, Shamballa é um reino mítico oculto algures na cordilheira dos Himalaias ou na Ásia central, próximo da Sibéria. É mencionado no Kalachakra Tantra e nos textos da cultura Zhang Zhung, que antecedeu o Budismo no Tibete ocidental. A religião Bön (uma antiga religião do Tibete que alega preceder o próprio Budismo. É um ramo da Vajrayana e o principal sobrevivente do Vajrayana Indiano) chama-o de Olmolungring.

Shamballa significa em sânscrito “um lugar de paz, felicidade, tranquilidade”, e acredita-se que os seus habitantes sejam todos iluminados. A linha Tantra afirma que um dos reis de Shamballa, Suchandra, recebeu de Buda o Kalachakra Tantra, e que este ensinamento é lá preservado. Segundo esta tradição, quando o Bem tiver desaparecido sobre a Terra, o 25º rei de Shamballa aparecerá para combater o Mal e introduzir o mundo numa nova Idade de Ouro.


Shamballa também é associada ao império histórico Sriwijaya, onde o mestre Atisha (Atiśa Dipamkara Shrijnana (982-1054) foi um renomeado e erudito mestre de meditação budista indiano que reintroduziu o Budismo no Tibete após o seu quase desaparecimento sob o reinado de Langdharma.

Foi abade do grande mosteiro budista Vikramashila na época em que o budismo Mahayana florescia na Índia. Foi convidado para ir ao Tibete por Jangchub Ö, o governador de uma região a oeste do Tibete, e a sua presença contribuiu para o restabelecimento do budismo naquele país) estudou sobre Dharmakirti e recebeu a iniciação Kalachakra. Também é considerada a capital do Reino de Agartha, constituído, segundo as cosmologias do taoísmo, hinduísmo e budismo, por oito cidades etéricas.


Inspiração para a criação literária do inglês James Hilton “Lost Horizon” (1925), passa a ser também conhecida e referida como Shangri-la.

Entre os hinduístas o nome é mencionado nos Puranas (livros sagrados hindus) como sendo o lugar de onde surgirá o avatar Kalki, que libertará a Terra das forças destrutivas e restabelecerá a Lei Divina.

Como outros conceitos religiosos, Shamballa possui um significado oculto e um manifesto. A forma manifesta tem Shamballa como um local físico, embora só podendo ser penetrado por indivíduos cujo bom karma o permita. Estaria em algum ponto do deserto de Gobi, ladeada pela China a leste, Sibéria a norte, Tibete e Índia a sul, Khotan a oeste. A interpretação oculta diz que não é um lugar terreno, mas sim interior, comparável à Terra Pura do Budismo, de carácter mental e moral, ou a um estado de iluminação a que todas as pessoas poderão aspirar e alcançar.


Segundo os ensinamentos escritos e orais do Kalachakra, transmitidos ao explorador Andrew Tomas por Khamtul Jhamyang Thondup, do Conselho de Assuntos Religiosos e Culturais do Dalai Lama (em exílio na Índia desde a ocupação chinesa comunista de 1950 no Tibete), a aparência de Shamballa variaria segundo a natureza espiritual do observador: “por exemplo, certa ribeira, pura e simplesmente a mesma, pode ser vista pelos deuses como um rio de néctar, como um rio de água pelos homens, como uma mistura de pus e sangue pelos fantasmas esfomeados, e por outras criaturas como um elemento no qual se vive”.




Divulgação no Ocidente


A ideia de uma terra de iluminados exerceu atracão no ocidente desde a sua difusão inicial no século XVII a partir de fragmentos do Budismo tibetano que conseguiram, através de exploradores e missionários, ultrapassar as usualmente fechadas fronteiras tibetanas, e da Teosofia, propagada pioneiramente por Helena Petrovna Blavatsky no século XIX.


As primeiras informações sobre este lugar chegaram ao ocidente pelos missionários católicos João Cabral (missionário jesuíta português que viajou através dos Himalaias, Butão e Tibete) e Estêvão Cacella (missionário jesuíta português que viajou através dos Himalaias sendo o primeiro europeu a entrar no Butão), que ouviram referências sobre Shamballa - transcrita como Xembala - e imaginaram que se tratasse de um nome alternativo de Catai a China. Dirigindo-se ao Tibete em 1627, descobriram o equívoco e retornaram à Índia de onde haviam saído.


Em 1833 apareceu o primeiro relato geográfico sobre a região, escrito pelo erudito húngaro Alexander Csoma de Köros, que mencionou “um país fabuloso no norte, situado entre 45º e 50º de latitude norte”.

No final do século, Shamballa foi mencionada por Helena Petrovna Blavatsky nos seus livros, e desde então tornou-se um nome familiar no ocidente, disseminando-se entre os eruditos esotéricos e estimulando expedições em tentativas de localização - Nicholas Roerich (pintor, escritor, historiador, poeta e professor espiritual (líder intelectual) russo), Yakov Blumkin, Heinrich Himmler e Rudolf Hess.


Shamballa foi mencionada diversas vezes por Blavatsky, que alegava estar em contacto com alguns dos seus habitantes, todos pertencentes à Grande Fraternidade Branca. Segundo a Teosofia, Shamballa é tanto um lugar físico como um lugar espiritual. Teria sido antigamente uma ilha quando a Ásia central ainda era um mar, há milhões de anos, a chamada Ilha Branca, ou Ilha Sagrada, e teria sido ali que os Senhores da Chama, os progenitores espirituais da raça humana, liderados por Sanat Kumara (misterioso personagem das tradições religiosas do oriente, e que foi apresentado ao ocidente primeiro pelos escritos teosóficos de Helena Blavatsky, sendo hoje um nome familiar nos círculos esotérico), teriam chegado e se estabelecido, vindos de Vénus. Actualmente a ilha seria um oásis no Deserto de Gobi, protegida de intrusos por meios espirituais. Escolas derivadas da Teosofia fazem menções ainda mais frequentes ao lugar, enfatizando a sua natureza espiritual e localizando-a invisivelmente no plano etérico ou astral.


Shamballa também foi objecto de interesse escuso de ocultistas ligados ao Nazismo, que a viam como fonte de poder. A maciça maioria de referências literárias e testemunhos a descrevem como um lugar abençoado, que tem sido fonte de inspiração para abundante literatura, bem como associações com a cultura popular, como cenário ou tema de filmes, romances, músicas, documentários.














Kuan Yin - A Salvadora Compassiva





Kuan Yin é a Salvadora Compassiva do Leste. Por todo o Oriente altares dedicados a esta Mãe da Misericórdia podem ser encontrados em templos, casas e grutas nos caminhos. Orações à Presença dela e à sua Chama estão incessantemente nos lábios dos devotos à medida que procuram orientação e  socorro em todas as áreas da vida.
 
Muito presente na cultura oriental, Kuan Yin tem despertado interesse no seu caminho e ensinamentos entre um número crescente de devotos ocidentais, que reconhecem a poderosa presença da "Deusa da Misericórdia", junto com a da Virgem Maria, como iluminadora e intercessora da Sétima Era de Aquário. 
A longa da história de devoção a Kuan Yin mostra-nos o carácter e o exemplo desta Portadora de Luz que não somente dedicou a sua vida aos seus amigos, mas sempre assumiu o papel de intercessora e redentora. Durante séculos, Kuan Yin simbolizou o grande ideal do Budismo Mahayana no seu papel de bodhisattva (chinês p'u-sa), literalmente, "um ser de bodhi, ou iluminação", destinado a se tornar um Buda, mas que renunciou ao êxtase do Nirvana,  como um voto para salvar todas as crianças de Deus. 

O nome Kuan Shih Yin, como é frequentemente chamada, significa literalmente "aquela que considera, vigia e ouve as lamentações do mundo". Segundo a lenda, Kuan Yin estava para entrar no céu, porém parou no limiar ao ouvir os gritos do mundo. 
Existem ainda muitos debates académicos relativo à origem da devoção à bodhisattva feminina Kuan Yin. Ela é considerada a forma feminina de Avalokitesvara, bodhisattva da misericórdia do Budismo indiano, cuja adoração foi introduzida na China no terceiro século. 

Estudiosos acreditam que o monge budista e tradutor Kumarajiva foi o primeiro a referir-se à forma feminina de Kuan Yin, na sua tradução chinesa do Sutra do Lótus, em 406 A.C.. 
Dos trinta e três aparecimentos do bodhisattva mencionados na sua tradução, sete são femininos. (Devotos chineses e budistas japoneses desde então associaram o número trinta e três a Kuan Yin.) 

Embora Kuan Yin tenha sido retratada como um homem até ao século X, com a introdução do Budismo Tântrico na China no século VIII, durante a dinastia T'ang, a imagem da celestial bodhisattva como uma bela deusa  vestida de branco era predominante e o culto devocional a ela cresceu em popularidade. No século IX havia uma estátua de Kuan Yin em cada mosteiro budista da China. 

Apesar da controvérsia acerca das origens de Kuan Yin como um ser feminino, a representação de um bodhisattva, ora como deus, ora como deusa, não é  inconsistente com a doutrina budista. As escrituras explicam que um bodhisattva tem o poder de encarnar em qualquer forma - macho, fêmea, criança e até  animal - dependendo da espécie de ser que ele procura salvar. Como relata o Sutra de Lótus, a bodhisattva Kuan Shih Yin, "pelo recurso de uma variedade de formas, viaja pelo mundo, proclamando os seres à salvação". 

Pela lenda do século XII , do santo budista Miao Shan, a princesa chinesa que viveu em aproximadamente 700 A.C. e que se acredita tenha sido Kuan Yin, reforça a imagem da bodhisattva feminina. Durante o século XII monges budistas estabeleceram-se em P'u-t'o Shan – a ilha-montanha sagrada no Arquipélago de Chusan, ao largo da costa de Chekiang, onde se acredita tenha Miao Shan vivido por nove anos, curando e salvando marinheiros de naufrágios - e a devoção a Kuan Yin espalhou-se ao longo do norte da China. 

Essa ilha pitoresca tornou-se o centro principal de adoração à Salvadora misericordiosa; multidões de peregrinos viajavam dos mais remotos cantos da China e até mesmo da Manchúria, Mongólia e Tibete para assistir ali às cerimónias religiosas. 

Houve épocas em que havia mais de cem templos na ilha e mais de mil monges. As tradições narram inúmeras aparições e milagres de Kuan Yin na ilha, sendo relatado que ela aparecia aos fiéis em uma certa gruta local. 

No grupo "Terra Pura" do Budismo, Kuan Yin faz parte de uma tríade governante que é representada frequentemente em templos e é um tema popular na arte budista. Nessas pinturas o Buda da Luz Ilimitada – Amitabha (chinês A-mi-t'o Fo e japonês Amidua) está no centro; à sua direita está o Bodhisattva da força ou poder, Mahasthamaprapta ,e à sua esquerda está Kuan Yin, personificando a misericórdia infinita.
                                                                           
Na teologia budista, Kuan Yin é às vezes representada como comandante do "barco da salvação", guiando almas ao paraíso oriental de Amitabha ou Terra Pura - a terra do êxtase onde almas podem renascer para receber instruções contínuas no sentido de alcançar a iluminação e a perfeição. A jornada à Terra Pura é frequentemente representada em xilogravuras mostrando barcos cheios de seguidores de Amitabha, sob o comando de  Kuan Yin.
Amitabha, uma figura muito amada pelos budistas que desejam renascer no seu paraíso oriental e libertar-se da "roda do renascimento", é tido, num sentido espiritual ou místico, como o pai de Kuan Yin. Lendas da escola Mahayana relatam que Avalokitesvara nasceu de um raio de luz  branca emitido pelo olho direito de Amitabha, quando mergulhado em êxtase. 

Assim, Avalokitesvara, ou Kuan Yin, é considerada como o "reflexo" de Amitabha - uma encarnação posterior de "maha karuna" (grande misericórdia), a qualidade que Amitabha personifica no seu mais elevado sentido. Muitas figuras de Kuan Yin podem ser identificadas pela presença de uma pequena imagem de Amitabha na sua coroa. Acredita-se que a misericordiosa redentora Kuan Yin expressa a compaixão de Amitabha de  uma forma mais directa e pessoal, e que as preces a ela dirigidas são atendidas mais rapidamente.
A iconografia de Kuan Yin a descreve de muitas formas, cada uma revelando um aspecto único da sua misericordiosa presença. Como a sublime Deusa da Misericórdia, cuja beleza, graça e compaixão vieram a representar o ideal de feminilidade do Oriente, ela é retratada frequentemente como uma mulher esbelta em um esvoaçante manto branco, carregando na sua mão esquerda uma flor de lótus branca, símbolo de pureza. 

Está enfeitada com ornamentos simbolizando as suas realizações como bodhisattva, ou é mostrada sem ornamentos, como um sinal da sua grande virtude. 

A  figura de Kuan Yin é retratada frequentemente como "adoptora de crianças" que são encontradas em casas e  templos.

Um grande véu branco cobre a sua forma inteira e ela pode estar sentada numa flor de lótus. Frequentemente ela é representada com uma criança nos seus braços, próxima a seus pés, ou sobre os seus joelhos, ou, ainda, com várias crianças ao seu redor.

Neste papel, a ela se referem como "a honrada de branco vestida". Às vezes estão à sua direita e à sua esquerda dois auxiliares, Shan-ts'ai Tung-tsi, o "homem jovem de capacidades excelentes", e  Lung-wang Nu, a "filha do Dragão-rei".

Kuan Yin também é conhecida como a bodhisattva protectora de P'u-t'o Shan ,  senhora do Mar do Sul e protectora dos pescadores. Como tal, ela é mostrada cruzando o mar sentada ou em pé sobre uma flor de lótus ou com os seus pés na cabeça de um dragão.
Como Avalokitesvara, ela também é descrita com mil braços e números variados de olhos, mãos e cabeças, às vezes com um olho na palma de cada  mão, e é chamada "bodhisattva de mil braços, de mil olhos". Nessa forma ela representa a mãe omnipresente, olhando simultaneamente em todas as direcções, sentindo as aflições da humanidade e estendendo os seus muitos braços para as aliviar com expressões infinitas da sua misericórdia.

Os símbolos característicos associados a Kuan Yin são um galho de salgueiro, com o qual ela esparge o néctar divino da vida; um vaso precioso, simbolizando o néctar da compaixão e da sabedoria, traços do bodhisattva; uma pomba representando a fecundidade; um livro ou um pergaminho de orações que ela segura na sua mão, simbolizando o dharma (ensinamentos) do Buda ou o sutra (texto budista) o qual Miao Shan, dizia-se, recitava constantemente; e um rosário adornando o seu pescoço, através do qual ela clamava aos Budas por socorro.
Imagens de Avalokitesvara frequentemente mostram-na segurando um rosário; descrições do seu nascimento afirmam ter ela nascido com um rosário cristalino branco na sua mão direita e uma flor branca de lótus na esquerda. É ensinado que as contas do rosário representam todos os seres vivos e o manuseio delas simboliza que Avalokitesvara os está a conduzir para fora do seu estado de miséria e da roda de repetidos renascimentos para o nirvana.

Actualmente Kuan Yin é reverenciada por taoístas e também pelos budistas Mahayana - especialmente em Taiwan, Japão e Coreia, e novamente na sua pátria, a China, onde a prática do Budismo havia sido suprimida durante a Revolução Cultural comunista (1966/69). Ela é a protectora das mulheres, dos marinheiros, dos comerciantes, dos artesãos e daqueles que se encontram sob perseguição criminal, e é invocada particularmente por aqueles que desejam ser progenitores.

Amada como a figura da Mãe e mediadora divina que está muito próxima dos negócios diários dos seu devotos, o papel de Kuan Yin como madona budista tem sido comparado ao de Maria, a mãe de Jesus, no Ocidente. 


Há uma confiança implícita na graça salvadora e poderes curadores de Kuan Yin. Muitos acreditam que até mesmo a mera invocação de seu nome a traz imediatamente ao lugar do chamado. Um dos mais famosos textos associados à bodhisattva, o antigo Sutra do Lótus, cujo vigésimo quinto capítulo, dedicado a Kuan Yin, e conhecido como o "Sutra de Kuan Yin" descreve treze casos de desastres iminentes - de naufrágios a incêndios, prisões, ladrões, demónios, venenos fatais e aflições cármicas - nas quais o devoto é salvo quando se entrega ao poder de Kuan Yin. O texto é recitado muitas vezes, diariamente, por aqueles que desejam receber os benefícios prometidos. Os devotos invocam o poder e a misericordiosa intercessão da Bodhisattva com o  mantra OM MANI PADME HUM - "salve a jóia no lótus", ou, como também tem sido traduzido, "salve Avalokitesvara, que é a jóia no coração do lótus no coração dos devotos". Através do Tibete e Ladakh, budistas têm inscrito OM  MANI PADME HUM em pedras lisas de oração, chamadas "pedras mani", como ofertas votas a Avalokitesvara. Milhares dessas pedras têm sido usadas para construir muretas-mani que ladeiam as estradas que dão ingresso a aldeias e mosteiros.
Acredita-se que Kuan Yin frequentemente aparece no céu ou nas ondas para salvar aqueles que a invocam quando em perigo. Histórias pessoais podem ser ouvidas em Taiwan, por exemplo, de pessoas que a viram durante a Segunda Guerra Mundial aparecendo no céu como uma jovem, agarrando as bombas e cobrindo-as com as suas vestes brancas para que não explodissem. 
Assim , altares dedicados à Deusa da Misericórdia são encontrados em todos os lugares - lojas, restaurantes, até mesmo em para-lamas ou painéis de carros. Nas casas ela é venerada com o tradicional "pai pai", um ritual de oração que usa incenso, e também com o uso de quadros de oração – folhas de papel com fotos de Kuan Yin, flores de lótus ou pagodes e guarnecidas com centenas de pequenos círculos. Com cada série de orações recitadas ou sutras lidos, em uma novena para um parente, amigo, ou em causa própria, outro círculo é completado. O quadro tem sido descrito como um "Navio de Salvação" por meio do qual almas que partiram são salvas dos perigos do inferno e aquelas sinceras são transportadas com segurança ao céu de Amitabha. Juntamente com os cultos elaborados com litanias e orações, a devoção a Kuan Yin está expressa na literatura popular em poemas e hinos de louvor.
Os seguidores devotos de Kuan Yin podem frequentar templos locais e podem fazer peregrinações a templos maiores em ocasiões importantes ou quando sofrem com um problema especial. Os três festivais anuais realizados em sua honra acontecem no dia dezanove do segundo mês (celebrado como o seu  aniversário), do sexto mês, e do nono mês do calendário lunar chinês.
Na tradição da Grande Fraternidade Branca Kuan Yin é conhecida como a Mestra Ascensionada que carrega a função e o título de "Deusa da Misericórdia" porque ela personifica as qualidades divinas da lei da misericórdia, compaixão e perdão. Ela passou por numerosas encarnações antes de sua ascensão há milhares de anos e aceitou o voto de bodhisattva para ensinar aos filhos de Deus não ascensionados como equilibrar seus carmas e cumprir seus planos divinos com serviço amoroso à vida e a aplicação da chama violeta pela ciência da Palavra falada. 
Kuan Yin é originária do planeta Vénus e chegou à Terra juntamente com a comitiva de Sanat Kumara há 16 milhões de anos, quando este tomava posse como Senhor do Mundo, na regência da Terra. Como Mestra de Saint Germain , ela o acompanhou e inspirou em suas inúmeras missões na Terra, com a intenção de ajudar a humanidade em sua elevação.
Kuan Yin precedeu o Mestre Ascensionado Saint Germain como Chohan (Senhor) do Sétimo Raio de Liberdade, Transmutação, Misericórdia e Justiça e ela é uma de sete Mestres Ascensionados que actuam no Conselho Cármico, um conselho de justiça que é o mediador do karma das evoluções de Terra - dispensando oportunidade, misericórdia e os verdadeiros íntegros julgamentos de Deus a cada corrente de vida na Terra. Ela é a hierarca do Templo etérico da Misericórdia situado sobre Pequim, na China onde ela mantém o  foco de luz da Mãe Divina em favor dos filhos da antiga terra da China, as almas da humanidade, e os filhos e filhas de Deus.